A inveja nas organizações
“O brilhante escritor norte-americano Gore Vidal dizia que, quando um dos seus amigos tinha sucesso, alguma coisa nele se apagava. A declaração revela que a inveja não é um privilégio dos medíocres ou dos pobres de espírito. Ela é ampla,atual e está presente em todos as classes sociais. Está incluída nos 10 Mandamentos, na lista dos sete pecados capitais, em muitas das histórias bíblicas e em grandes clássicos de Shakespeare. Ela faz parte do cotidiano social e com certeza faz parte do dia-a-dia das empresas”,explica Patricia Amelia Tomei, professora associada do Instituto de Administração e Gerência da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
Autora do livro Inveja nas Organizações, Patrícia conta que sentir inveja dos colegas – e ser invejado por eles – é muito mais comum do que se imagina,e garante: nem sempre isso é ruim. “Dificilmente controlamos nossos sentimentos. É comum sentir inveja porque uma colega ganha mais, ocupa um cargo que você gostaria de ocupar ou até porque é mais popular que você e até porque desenvolve algumas habilidades a mais. A inveja não é racional. Mas a sua reação ao senti-la pode ser. É você quem decide como vai usar essa inveja e pode decidir usá-la a seu favor, como uma mola propulsora para que amplifique seus potenciais, busque aprimoramento de seus talentos e se dedique mais para atingir os objetivos que deseja”, afirma.
O fato é que a inveja revela ser um dos sentimentos que pode colocar em xeque toda uma estrutura,sendo no lado pessoal como no profissional.Isso pode comprometer o potencial e a operação das grandes organizações.
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